segunda-feira, 26 de julho de 2010

Semana Anisiana de Artes apresenta primeiro Ciclo com Anísio Teixeira

O NUPA (Núcleo de Pluralidade Artística) homenageou nos dias 13 e 15 de julho, com mostras de arte, o educador e idealizador, do Centro Educacional Carneiro Ribeiro, Anísio Teixeira, nascido, no dia 12 de julho de 1900, na cidade de Caitité, interior da Bahia.


A exibição do vídeo 12 de Julho – Aniversário de Anísio Teixeira, produzido pela coordenadora do NUPA Silvana Pereira, apresentação das coreografias Era Uma Vez, Firme e Forte e Hello, orientadas pelo professor Nélio Santana e o Hip da Parque, produzido e cantado por estudante da escola, integraram a Semana Anisiana de Artes - uma das atividades do Plano de Ação 2010, do NUPA - compondo o primeiro Ciclo: da Memória.

O vídeo apresenta os momentos mais significativos da vida de Anísio Teixeira, como: infância, estudos, efetivação do Centro, imagens da Escola Parque, na década de 50 e funcionamento atual, de forma condensada e breve, que interliga passado e presente, consolidando importância, necessidade e manutenção, da educação integral.

Retorno interativo empolga e estimula volta às aulas

Professores, funcionários e, principalmente, estudantes da Escola Parque e da Classe IV foram recebidos com apresentações artísticas, no teatro da escola. O acolhimento foi pensado pela diretora Jutália Rangel – Classe IV e Gedean Ribeiro - diretor da Escola Parque, com o apoio do dos coordenadores, professores e funcionários da Escola Parque, efetivando o reinício das aulas, no dia 05 de julho.

Com o objetivo de homenagear a equipe de trabalho, criar um clima harmônico entre os educandos e motivar para a continuidade de um trabalho positivo, as atividades seguiram pelos três turnos, de funcionamento da escola, contando com apresentações de dança, do Grupo B.C.O.A. (Ballet CulturalOrigens Africanas), performance da professora Ana Paula Rodrigues, Grupo Unidade All StarCrew - Hip Hop e mostra de slides, com o funcionamento cotidiano da Classe IV.

O Grupo de dança Liberdança é formado por ex-alunos do Centro Carneiro Ribeiro, que atualmente, estudam nos colégios do pólo Liberdade e coordenado por Rodrigues. As aulas e ensaios são ministrados, no NUPA (Núcleo de Pluralidade Artística), da Escola Parque, sob a supervisão e parceria, da coordenadora Silvana Pereira.
II SEMESTRE

II SEMESTRE II SEMESTRE
II SEMESTRE

Escola Parque realiza São João de verde e amarelo


VIVA SÃO JOÃO! Foi nesse clima de Copa do Mundo, que aconteceu, no dia 17 de junho, o Arraiá da Escola Parque, no ginásio de esportes. Com a participação de toda a equipe da escola, a festança foi até as cinco horas da tarde, com fôlego para o outro dia.

O envolvimento dos diretores, professores e funcionários começou desde o início da semana, na preparação dos brindes e competições para os alunos, decoração junina do espaço, montagem das barracas, correspondentes a cada Núcleo, apresentações de dança, quadrilha convidada e o forró sanfonado, do professor Abdon Leone e a alegria contagiante, da professora Claudinéa Portella, encerrando o evento.

Vale ressaltar a harmonia das alunas de ginástica rítmica, da professora Telma Cruz; a criação dos arranjos juninos, pelas professoras Mônica Rossi, Tereza Cristina e Yasmina Mello, que ornamentaram o espaço, com muita criatividade e beleza; as atividades das barracas, dos Núcleos de Informação, Projetos Especiais, Esporte e Jardinagem, que relacionaram conteúdos curriculares com as brincadeiras da época.











O momento mais esperado aconteceu à tarde, quando foram sorteados os cinco balaios juninos, que fizeram parte das expectativas, dos funcionários e, contemplou os sorteados. “Fiquei muito feliz por ganhar o balaio. Veio no momento certo”, alegrou-se a funcionária Marinalva Silva, ganhadora do cobiçado balaio.

África mobiliza profissionais do Centro


O III Seminário em comemoração ao Dia da África (25 de maio) teve como tema principal: “Arte, esporte e tecnologia na construção da cidadania”, no intuito de aprimorar a prática e a discussão, na comunidade escolar. Realizado no dia 26 de maio, das 8h às 11h 30min, no teatro da Escola Parque, contou com a participação dos gestores, coordenadores, professores e funcionários do Centro Educacional Carneiro Ribeiro e foi elaborado pela equipe de Articulação de Área.

A mesa foi mediada pela professora Darci Xavier e composta pelo Diretor de Projetos e Comunicação do Instituto Cultural Steve Biko Lázaro Cunha, Pedagoga e Vereadora Olívia Santana, Diretor do Grupo de Teatro Harambê Cristovão Silva e Professor e Estilista de Moda Cláudio Rebello. Xavier abriu o evento, com a leitura do seu texto Para uma linda juíza ou para uma juíza chamada Linda, no qual, trata da primeira juíza negra Luislinda Valois, que foi confundida com uma camareira, por um jornalista que escreveu para o portal de celebridades “Estrelando”, fato ocorrido na festa de encerramento da novela global Viver a Vida.

Outros temas como: importância da Lei nº 10. 639, de 09 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e inclui no currículo oficial da Rede de Ensino Pública e Privada, a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, valorização da estética negra, como instrumento para a auto-estima e responsabilidade da escola, em ser um espaço de oportunidades e não de discriminação foram abordados pelos palestrantes e discutidos por todos, no debate final.










Confira o inscrito Para uma linda juíza ou para uma juíza chamada Linda, de Darci Xavier:

Para uma linda juíza ou para uma juíza chamada Linda

Ponha-se no seu lugar. Sentença condenatória! “Se não pode comprar material escolar de qualidade, vá fazer feijoada na casa dos brancos”. E a menina teimosa, teimou. Foi ser doutora. Ousou, foi ser Juíza de Direito. Era negra, mas, uma negra Juíza e nesta condição, certamente, não seria discriminada ou sofreria preconceito nunca mais.

Ledo engano, negro/a pode até ascender “sócio-economicamente”, mas, em algum momento ouvirá a sentença: Ponha-se no seu lugar. Mas, qual será mesmo o lugar do/a homem/mulher negro/a na sociedade brasileira? A nós estará destinado apenas o papel menor, ou podemos ser professor/a, operário/a, médico/a, político/a, artista, doméstico/a, enfermeiro/a, magistrado/a, camareiro/a ou qualquer outra profissão que escolher?

A menina teimosa teimou novamente. Ousou aceitar o convite de uma emissora de televisão e foi a público dar seu testemunho de superação. Ah!

O Correio Nagô funcionou a todo vapor, e a notícia espalhava-se como rastro de pólvora: “Drª Liuslinda estará dando seu depoimento na novela do ‘horário nobre’”. Deliciamo-nos com o reflexo positivo da nossa imagem.

Semana seguinte o Correio Nagô volta a funcionar já em clima de revolta, fraternidade e resistência: “Viram o que publicaram sobre a Drª Luislinda?” Não? Pois bem, um Portal publicou sua foto ao lado da atriz Natália do Vale, com a seguinte legenda: “Natalia do Vale, a Ingrid, afaga a camareira.”

Vale ressaltar, que Drª Luislinda nunca exerceu a digna profissão de camareira, logo, não me digam que foi engano.

Repete-se novamente a sentença: Ponha-se no seu lugar. E a menina teimosa está tornando-se obediente e, procura seu lugar, ou seja, em breve, muito breve mesmo, será a Desembargadora Luislinda Valouis.

Axé, mulher guerreira!


Darci Xavier.

Graduada em História e Bacharela em Direito pela UFBA.
Especialista em História e Cultura Africana e Afro-brasileira.
Coordenadora de Educação da UNEGRO (União de Negros pela Igualdade).

Direção e professores reformulam PPP da Escola Classe IV


“A escola não pode reproduzir a violência que está fora dos seus muros. Antes, não precisávamos criar estratégias de combate, hoje, precisamos lidar com a agressão que chega à escola”, lamenta a diretora da classe IV Jutália Rangel, que esteve reunida, com os professores dessa unidade escolar, durante os três turnos, do dia 18 de maio.

O Projeto Político Pedagógico (PPP) é a identidade da escola e lhe confere segurança e integralidade, no planejamento dos trabalhos participativos. Seguindo esse princípio, foram elaboradas e incorporadas, ao PPP, ações específicas para dirimir a violência, na escola. Com início, no dia 19 de maio, direção, docentes, funcionários, pais, estudantes e comunidade vivenciam uma nova rotina, composta pela terapia do abraço: cumprimento mais solidário e humano para todos, que chegam à escola. Os educandos discutem sobre valores, com os professores, em sala de aula, são estimulados através de gincanas e eleição da melhores produções, participam da mostra de cinema, com os filmes: Escritores da Liberdade, Preciosa, Vista minha Pele e As Melhores Coisas do Mundo. “Essas práticas interferiram no ambiente escolar. Uma escola bonita melhora a convivência”, contribui a coordenadora do laboratório de informática Consuelo Régis.

As ações programadas serão desenvolvidas até o final do ano e, incorporadas aos conteúdos das disciplinas curriculares, que dispõem da sala de informática e multimeios, como suportes facilitadores da aprendizagem. “Utilizamos a tecnologia como ferramenta de envolvimento”, comemora Rangel. As avaliações das atividades acontecerão uma vez por mês, assim, como a culminância das ações sempre às sextas-feiras. “Acredito nos meus colegas e na educação, que é o caminho ideal para a melhoria da sociedade. Precisamos tomar atitudes, sermos autores e atores. Tenho a esperança de que posso mudar”, afirma a professora de geografia Adriana Moreira.

Representantes da SEC e Centro Carneiro Ribeiro consolidam comemoração dos 60 anos da Escola Parque

Todas as atividades e responsabilidades sobre a construção e realização, do aniversário do Complexo Carneiro Ribeiro, que tem como tema Contando uma Nova História, foram definidas e oficializadas, em reunião realizada no dia 05 de maio, contando com a presença de Louise Miguez, Assessoria de Imprensa (ASCOM) e Paulo Valente, Superintendência de Desenvolvimento da Educação Básica (SUDEB) pela Secretaria da Educação, Diretor Gedean Ribeiro e equipe de produção e divulgação do evento da Escola Parque.

“A festividade dos 60 anos é um compromisso conjunto do governo do Estado, Faculdades de Educação, Artes Plásticas, Arquitetura e sociedade. As obras de Anísio Teixeira são pré-requisitos bibliográficos das Universidades do sul e Sudeste”, salienta Ribeiro. A Escola Parque fica responsável pela organização da exposição “Mestre na vida, mestre na arte”, no foyer do Teatro Castro Alves (TCA), montagem do espetáculo musical, recepção no TCA, confecção de um vídeo sobre a Escola Parque, na atualidade e criação gráfica dos produtos de divulgação (convites, banner, outdoor, busdoor, broches, adesivos). Os investimentos financeiros com transporte dos estudantes (ida e vinda das escolas Classes / teatro), aluguel do TCA e material de publicação são com a SEC.

Para que a festividade de aniversário, seja preparada com a importância que lhe é devida, foram criadas seis comissões, compostas por coordenadores, professores e funcionários do Centro, com a missão de preparar os 60 anos, em especial das Classes I, II, III e o Núcleo de Laborais, hoje Artes Visuais, que compõem a Escola Parque. “Concordo com a proposta apresentada pelo Complexo para as comemorações. A Secretaria, desde a pessoa do Secretário e dos superintendentes, está sensibilizada por fazer parte da produção do aniversário”, compartilha Valente.

Matemática e Copa do Mundo constroem saberes

A associação entre o conhecimento visual das figuras geométricas, como um saber prévio, trazido pelos estudantes e a contextualização dos conceitos da geometria espacial, através de pesquisas, em livros, orientadas na sala de aula, foram os elementos utilizados pelas docentes de Matemática, do Núcleo de Informação, Comunicação e Conhecimento (NICC) Rita Fortuna, Mércia Figueiredo e Maria Cristina Gomes, na culminância do Plano “Trilha matemática e exposição auto-explicativa dos trabalhos de sólidos geométricos X copa do mundo, enquanto resultado do projeto numerando”, realizado no período de 03 a 14 de maio.

Utilizando a Copa do Mundo, como tema transversal, as professoras contaram com o interesse dos educandos pelo futebol, agregando-o ao conteúdo curricular sobre sólidos (vários polígonos). Para a consolidação da atividade, foram seguidas as etapas: apropriação do assunto, parte teórica; pesquisa sobre cores e figuras geométricas encontradas nas bandeiras dos países, que participarão da copa; manuseio virtual do softwear Poly, que abrange todos os sólidos, construção e montagem das figuras, no papel, parte prática, colocados em exposição para a comunidade escolar. “Temos certeza – Cristina, Mércia e Eu - de que, com esse roteiro de atividades, o rendimento dos alunos é satisfatório e atinge os objetivos pretendidos para a aprendizagem”, comemora Fortuna.

As turmas foram divididas em quatro equipes, intituladas tetraédrica, cúbica, octaédrica e hexaédrica, nomes de sólidos geométricos, que participaram das fases classificatórias: história de Malbatham (Por que 06 de maio é comemorado o dia da matemática?), quiz de tangram, hexaedros, jogos das cores, enigmas, charadas do tipo anagramas e jogos do milhão da matemática. A equipe com melhor pontuação foi premiada com CD, DVD, jogos de figuras sólidas e livros de matemática.

Escola Parque é tema da revista Muito

Visitada pelo Jornal A Tarde na pessoa do repórter Diego Damasceno, no dia 13 de abril, a história da Escola Parque é o interesse do jornalista. Em entrevista conduzida por Damasceno, o Centro Educacional Carneiro Ribeiro foi representado pelo diretor Gedean Ribeiro e pela coordenadora geral Ivonete, que descreveram a rotina, atividades, horários, projeto político pedagógico, ideias e ideologia de Anísio Teixeira, criador da escola.

Surgimento da Escola Parque, integração entre comunidade e escola, construção de outros complexos, funcionamento, críticas sobre o pensamento de Anísio Teixeira, distanciamento da educação básica dos ideais de Teixeira, espaço físico geográfico ocupado e quantidade de estudantes foram as questões trazidas pelo jornalista e respondidas pela gestão escolar.

“A escola pública é uma máquina de fazer democracia”, citação de Teixeira, há quase 60 anos atrás, utilizada na contemporaneidade pela coordenadora geral, demonstrando que a escola funciona com a participação de todos – gestão, coordenadores, professores, estudantes, funcionários e comunidade, como proposto pelo seu idealizador. Dentre todos os esclarecimentos estabelecidos no encontro, a distinção entre escola de tempo integral (o estudante pratica atividades lúdicas, sem uma relação com o currículo básico) e escola de educação integral (habilidades e competências desenvolvidas dentro de um só contexto, que valoriza a educação integral) feita por Ribeiro, confirma a manutenção da ideologia anisiana. Confira a reportagem, na revista Muito, encarte do Jornal A Tarde, do domingo, 25 de abril.

Contexto social vira assunto didático nas escolas do Centro Carneiro Ribeiro

“Arte, esporte e tecnologia a serviço da cidadania” é o tema transversal da Escola Parque para o ano letivo de 2010. Sugerido e escolhido pelos professores e coordenadores, durante a Jornada Pedagógica, tem a finalidade de agregar, juntamente, com os conteúdos das disciplinas básicas e com as atividades das oficinas, novos conhecimentos para os estudantes.

Assim, os alunos podem conhecer e opinar sobre os assuntos discutidos pela sociedade, tendo a informação atualizada e contextualizada pelos docentes, que utilizam de metodologias que facilitam a aprendizagem. Além disso, coloca os educandos em condições de opinar e sugerir avanços para a escola, comunidade e sociedade. “Às vezes eu leio as revistas Veja, Istoé e não entendo muito os assuntos. Mas, quando na sala de aula, os professores mostram as revistas e explicam os assuntos, consigo entender. Quando teve a questão do Mensalão, na aula de história a professora esclareceu o tema e, eu pude explicar para minha mãe que não sabia o que era”, conta o aluno da 7ª série Caíque Nascimento.

Escola Parque dá espaço para profissionais demonstrarem trabalhos

A jornada pedagógica - 2010, da rede estadual de ensino, foi dividida em dois momentos: um por conta da Secretaria da Educação (SEC) outro organizado pela gestão das escolas. Com um diferencial na montagem da programação para os professores, o Centro Educacional Carneiro Ribeiro (CECR) – Escola Parque dedicou um dia para a apresentação dos Projetos realizados pelos docentes do Centro, durante o ano letivo de 2009. “Conhecer o que o colega está fazendo é uma iniciativa muito boa. Assim, podemos contribuir, entender e aprender com os profissionais. Dividimos o mesmo espaço e, às vezes, nem nos conhecemos por conta do corre-corre do dia a dia. Fiquei muito satisfeita”, opina a professora de Educação Física, da Escola Parque Joselúcia Ambrozi.

As apresentações foram feitas pelos coordenadores dos professores, através de registros fotográficos, vídeos e apresentações orais, a partir de informações retiradas dos memoriais (registros individuais dos educadores), de todos os trabalhos desenvolvidos no ano passado, pelos professores e estudantes.

A Escola Parque oferece aos alunos atividades educativas, nas áreas de jardinagem, comunicação, alimentação, artísticas, artes visuais, esporte, projetos especiais e pesquisa, extraídas dos Projetos elaborados pelos professores, que buscam desenvolver as múltiplas habilidades e competências dos educandos.

Histórias em quadrinhos vão à Escola Parque

O criador do projeto de literatura e quadrinho Fala Menino! Luís Augusto Goveia estará no dia 29 de abril, às 14h, no NAAH/S (Núcleo de Atividade de Altas Habilidades/Superdotação), localizado na Escola Parque, para uma conversa com os estudantes do Núcleo.










A observação dos educandos do NAAH/S, considerados talentosos (uma das denominações para crianças com altas habilidades), que desenham com destreza, fez com que a especialista em Altas Habilidades/Superdotação Dartilene Pires, que desenvolve atividades com esses estudantes, tivesse a iniciativa de convidar Goveia para uma tarde de produção, aprendizado e valorização dos potenciais.

O quadrinista trata nas suas tirinhas, de diferenças físicas e sociais, superação de limites, inclusão e responsabilidade social. Questões que contribuem na formação das crianças e adolescentes e, que tem tudo haver com o ambiente escolar.

Núcleo Artístico direciona suas produções em homenagem a Anísio Teixeira

A Semana Anisiana de Arte que tem para este ano o tema “Os 60 anos da Escola Parque”, passou pela etapa de elaboração, no início do ano, parte agora em abril para a construção e terá sua culminância em setembro, mês de aniversário da Escola Parque. Dividida em ciclos, o primeiro refere-se à Memória, em uma perspectiva imagética de Anísio Teixeira e a criação da Escola parque, o segundo é a Reflexão, sobre uma representação para a comunidade ontem e hoje da escola, por fim, o terceiro responsável pela Criação, visando desenvolver um trabalho criativo, no qual, a subjetividade para expressar tudo que foi catalogado sobre a trajetória de Anísio Teixeira até a Escola Parque é a condutora.

O espetáculo enfoca dança, música e teatro. Linguagens artísticas, que fazem parte do cotidiano do Núcleo, pois são oferecidas aos estudantes. A confecção de um memorial finaliza a atividade. “Faremos registros de pessoas que estudaram ou participaram da Escola, em algum momento de suas vidas. “É construir a partir da história oral contada por eles. Um verdadeiro resgate”, compartilha o professor de dança Nélio Santana.

Núcleo de Projetos Especiais prepara o dia “D” da Saúde

Marcado para acontecer no dia 17 de agosto, das 8h às 17h, o Dia “D” de saúde já é pauta nas reuniões de atividade complementar do NUPES (Núcleo de Projetos Especiais). A data foi escolhida, em meio a tantos eventos para 2010, a exemplos a Copa do Mundo, na África do Sul, a Eleição nacional para presidente, governadores, deputados estaduais e federais e as comemorações dos 60 anos de criação da Escola Parque.
Sendo uma atividade construída através de parcerias, as deliberações iniciais já foram estabelecidas pela coordenadora do Núcleo Valdenice Santos para cada profissional integrante do setor. “O nosso maior desafio é com relação aos contatos com as instituições que nos apóiam e participam do Dia. Por isso, começamos logo marcando com elas, garantindo a agenda. São entidades que desenvolvem muitas atividades e às vezes não podem comparecer. Isso prejudica o evento”, explica Santos.

Para esse ano, o Núcleo pretende manter as suas parcerias, com Hemoba (Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia), Detran-BA (Departamento Estadual de Trânsito), Distrito Sanitário de Saúde da Liberdade, Limpurb (Limpeza Urbana de Salvador), FIB-BA (Centro Universitário) e buscar novas integrações com HAN (Hospital Ana Nery), Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Escola Parque faz intercâmbio com escola de Luanda

Ao ouvir a palavra intercâmbio, somos remetidos à ideia de viajar, estudar e trabalhar no exterior para enriquecer o currículo. Mas, esses sentidos são restritos, principalmente, quando se trata de uma interação entre escolas. É o que acontece entre os profissionais e estudantes da Escola Parque e os professores e artistas do Iorubá Club, grupo cultural de uma escola em Luanda, por cinco dias do mês de abril, em Salvador.

A confraria vem acompanhada pela nigeriana Dolores Mohamed, que esteve na cidade do São Salvador, em 2008 para participar do Colóquio Internacional de Mulheres Negras, evento que a fez conhecer a professora do Centro Carneiro Ribeiro Darci Xavier. Mohamed não quis limitar-se à atividade do colóquio, pedindo a Xavier para conhecer uma escola e, é levada à Escola Parque. Dispondo de um mapa do continente africano, conta para os estudantes do Centro a história da África a partir da localização de três rios.

Entre contatos, interesses culturais e culinários, trocas de experiências e, sobretudo, relações pedagógicas, surge a possibilidade de a Escola Parque acolher o grupo de professores nigerianos, favorecendo o desenvolvimento de atividades, em várias instâncias, que enriquecem de forma mútua duas comunidades distantes geograficamente e tão próximas afetivamente.

Estudo de livro de Anísio Teixeira marca integração entre Núcleos

A parceria estabelecida entre os Núcleos de Projetos Especiais e Núcleo Artístico, demonstra que, é possível pensar, organizar e desenvolver atividades conjuntas, que visam um bem comum, que é a educação de, aproximadamente, 3.200 meninas e meninos que estudam na Escola Parque. “Há muito tempo estamos tentando essa articulação não só entre dois núcleos, mas, com todos que fazem parte da Escola. O grupo do artístico foi bastante acolhedor”, expõe a coordenadora do Núcleo de Projetos Especiais Valdenice Santos.

Em um primeiro momento, os profissionais dos núcleos reuniram-se para planejar um cronograma de encontros e ações para o ano de 2010. Com o objetivo de fortalecer e integrar os grupos, iniciou no dia 09 de março, o estudo, em capítulos, do livro Educação não é privilégio, do educador Anísio Teixeira. A introdução ficou por conta da explanação dos professores Davi Santana, de música e Nélio Santana de dança, integrantes do Núcleo artístico. Os próximos capítulos serão ministrados por outros professores do Núcleo. “Acho, realmente, que a integração tem que acontecer. Não é para ter Núcleos individualizados, somos um Centro”, opina a psicopedagoga Claudinéa Portela.

A busca de um trabalho integrado, não surge agora. São oito anos de tentativas, sem sucesso. Por isso, não faltam motivos para comemorar a iniciativa dessa parceria, com probabilidade de ampliação para os outros núcleos. Segundo, a assistente social Luciene Brandão, isso a faz acreditar em um processo de mudança, torcendo pela adesão da maioria. O grupo já tem a proposta para as próximas discussões, após o estudo da bibliografia, que é um novo modelo, uma resignificação, do processo de manutenção do estudante na Escola Parque.

Curso de formação continuada em Altas Habilidades / Superdotação tem a participação de professora da Escola Parque

A Coordenação de Educação Especial da Secretaria da Educação (SEC) realizará o curso de Formação continuada, na área de Atendimento Educacional Especializado (AEE), de 22 a 26 de março, no Centro de Educação Especial da Bahia (CEEBA), com duração de 40 horas, destinado aos representantes e um professor de cada escola.

O Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Escola Parque é responsável pelo Núcleo de Atividades de Altas Habilidades / Superdotação (NAAH/S), do Estado da Bahia. Coordenado pela professora Ritta de Cássia Araújo atende, principalmente, aos estudantes das Escolas Classes e as demais Unidades escolares, desenvolvendo atividades específicas, em turno oposto aos estudos regulares, para a realidade dos alunos.

A aula do primeiro dia do curso será ministrada pela pedagoga e especialista em Altas Habilidades / Superdotação Dartilene Pires, que faz parte do NAAH/S, sendo a sua 12ª participação, em eventos sobre o tema. “Sinto que contribuo positivamente a cada curso que ministro. Isso me deixa motivada a continuar”, pondera. O Núcleo conta com uma equipe formada por psicólogas, assistente social e pedagogas. Mais informações sobre o NAAH/S visite o blog do Núcleo, disponível nesse site.

Oficinas da Escola Parque revelam talento

A estudante Raine Santos, 13, é mais um talento da Escola Parque. Ela ganhou uma bolsa de estudos do Ballet Louise Sande, no bairro do Imbuí, pelo seu desempenho na dança clássica. No mês de dezembro, em apresentação no Teatro Jorge Amado, ficou em primeiro lugar na competição sendo contemplada com a medalha de ouro. “Quando vi minha filha em cima do palco do teatro, foi uma emoção enorme”, compartilha Vera Lúcia Santos, mãe da aluna.

Raine iniciou sua trajetória no ramo da dança, nas oficinas da Escola Parque. Foi aluna da professora Rosângela Santos, de ginástica rítmica, do Núcleo de Esportes, em 2009 teve aulas de dança com a professora Sol Andréia Tapia, do Núcleo Artístico e no Ballet Louise Sande faz parte da turma de Iniciação II. A junção de técnicas, esforços e habilidades favoreceu o reconhecimento de Santos, que tem um conjunto de atributos para se tornar uma dançarina profissional. “Agradeço muito à Escola Parque. Se todas as mães soubessem, investiam em suas filhas”, reconhece Vera Lúcia.

Contexto social vira assunto didático nas escolas do Centro Carneiro Ribeiro

“Arte, esporte e tecnologia a serviço da cidadania” é o tema transversal da Escola Parque para o ano letivo de 2010. Sugerido e escolhido pelos professores e coordenadores, durante a Jornada Pedagógica, tem a finalidade de agregar, juntamente, com os conteúdos das disciplinas básicas e com as atividades das oficinas, novos conhecimentos para os estudantes.

Assim, os alunos podem conhecer e opinar sobre os assuntos discutidos pela sociedade, tendo a informação atualizada e contextualizada pelos docentes, que utilizam de metodologias que facilitam a aprendizagem. Além disso, coloca os educandos em condições de opinar e sugerir avanços para a escola, comunidade e sociedade. “Às vezes eu leio as revistas Veja, Istoé e não entendo muito os assuntos. Mas, quando na sala de aula, os professores mostram as revistas e explicam os assuntos, consigo entender. Quando teve a questão do Mensalão, na aula de história a professora esclareceu o tema e, eu pude explicar para minha mãe que não sabia o que era”, conta o aluno da 7ª série Caíque Nascimento.

Escola Parque dá espaço para profissionais demonstrarem trabalhos

A jornada pedagógica - 2010, da rede estadual de ensino, foi dividida em dois momentos: um por conta da Secretaria da Educação (SEC) outro organizado pela gestão das escolas. Com um diferencial na montagem da programação para os professores, o Centro Educacional Carneiro Ribeiro (CECR) – Escola Parque dedicou um dia para a apresentação dos Projetos realizados pelos docentes do Centro, durante o ano letivo de 2009. “Conhecer o que o colega está fazendo é uma iniciativa muito boa. Assim, podemos contribuir, entender e aprender com os profissionais. Dividimos o mesmo espaço e, às vezes, nem nos conhecemos por conta do corre-corre do dia a dia. Fiquei muito satisfeita”, opina a professora de Educação Física, da Escola Parque Joselúcia Ambrozi.

As apresentações foram feitas pelos coordenadores dos professores, através de registros fotográficos, vídeos e apresentações orais, a partir de informações retiradas dos memoriais (registros individuais dos educadores), de todos os trabalhos desenvolvidos no ano passado, pelos professores e estudantes.

A Escola Parque oferece aos alunos atividades educativas, nas áreas de jardinagem, comunicação, alimentação, artísticas, artes visuais, esporte, projetos especiais e pesquisa, extraídas dos Projetos elaborados pelos professores, que buscam desenvolver as múltiplas habilidades e competências dos educandos.